sábado, 9 de abril de 2011

O papel da educação infantil.


Seria a educação infantil uma preparação para a alfabetização???
1 - Alfabetização
          Alfabetização é um processo complexo
          Importante respeitar o período preparatório
          Orientação espacial e temporal – Organização da leitura e escrita
          Coordenação motora fina - Domínio da ferramenta (lápis) que desenhará o contorno das letras
2 - “ O período propício à alfabetização é entre 6 e 7 anos. Segundo Freud é a chamada “fase latente”, que é quando a criança não tem mais interesse em descobrir o corpo, podendo assim se dedicar ao ‘aprender a escrever e a ler’.”
3 - Essencial
          Noções Espaciais e Temporais
          Conhecimento e Noção Esquerda e Direita ( nela, no outro e no espaço)
          Dominância lateral definida
          Atenção compatível com a idade
          Vocabulário adequado a idade
Compreensão de perguntas que envolvam aspectos abstratos ( cores, tamanhos, preposições, negativas ) – a partir 3anos.

Estratégias e instrumentos para avaliação da leitura
“Se pensarmos no contexto escolar, é imprescindível o aprendizado da leitura compreensiva, pois é através dela que o aluno terá condições para se apropriar do conhecimento. A leitura vai além do processo puramente mecânico de decifrar símbolos gráficos e coloca o homem em contato com fontes inesgotáveis de informações.”
6 - A compreensão faz parte de um complexo processo cognitivo, por isso esses instrumentos são limitados e não são capazes de avaliar por completo o processamento mental envolvido.
 O conceito de leitura é amplo, começa com a decodificação e vai até a leitura compreensiva.
7 - Decodificação é o reconhecimento de signos escritos e a transformação destes em linguagem oral.
Compreensão envolve a cognição, o conhecimento de mundo e o conhecimento lingüístico
8 - Frith (1990) e Morton (1989), descreveram as três etapas pelas quais a criança passa no processo de domínio da linguagem escrita: logográfica, alfabética e ortográfica.
9 – Logográfico
A criança trata o texto como se fosse um desenho, não atentando ao código de correspondências entre determinadas letras e combinações de letras (isto é, grafemas) e seus respectivos sons da fala (isto é, fonemas). A leitura consiste no reconhecimento visual global de algumas palavras comuns que a criança encontra com grande freqüência, tais como seu próprio nome e os nomes de comidas, bebidas e lugares impressos em rótulos e cartazes (por exemplo, Coca-Cola e McDonald’s) .                                          Capovilla & Capovilla (2004)
10 – Alfabético
O alfabético, com o desenvolvimento da rota fonológica, a criança aprende a fazer a decodificação grafo-fonêmica.No estágio alfabético, as relações entre o texto e a fala se fortalecem. Desenvolve-se a estratégia fonológica, sendo que a escrita passa a ficar sob controle dos sons da fala e, na leitura, a seleção e o sequenciamento de sílabas e fonemas passam a ficar sob controle dos grafemas do texto. A criança aprende o princípio da decodificação na leitura (isto é, a converter as letras do texto escrito em seus sons correspondentes) e o da codificação na escrita (isto é, a converter os sons da fala ouvidos ou apenas evocados em seus grafemas correspondentes).Capovilla & Capovilla (2004)

11- Ortográfico
O ortográfico, com o desenvolvimento da rota lexical, a criança aprende a fazer leitura visual direta de palavras de alta frequência.No estágio ortográfico, a criança aprende que há palavras que envolvem irregularidade nas relações entre os grafemas e os fonemas, com o desenvolvimento da estratégia lexical. Ela aprende que é preciso memorizar essas palavras para que possa fazer uma boa pronúncia na leitura e uma boa produção ortográfica na escrita. Capovilla & Capovilla (2004)
12 - Dificuldade na Compreensão da Leitura
          Problemas relacionados à velocidade, pois a leitura silabada dificulta a compreensão do texto;
          Vocabulário pobre, tanto oral quanto visual, impedindo a compreensão do texto lido;
          Utilização incorreta da pontuação alterando o sentido e o significado do texto interpretação
13- Dificuldade na leitura silenciosa
Comprometimento na atenção, concentração ou um distúrbio psicomotor, podem acarretar:
          Lentidão na leitura com frequentes atitudes dispersivas;
          Leitura subvocal – cochicho (não consegue deixar de emitir sons quando lê)
          Necessidade de acompanhar as palavras com o dedo, régua ou lápis;
          Se perde na frase/texto com frequência, com dificuldades em acompanhar a linha;
          Repete a mesma palavra ou frase várias vezes.

Estratégias e instrumentos para a avaliação da escrita
“A linguagem escrita é uma das múltiplas linguagens de expressão da criança, devendo, com isso, ser tratada como objeto de conhecimento no contexto das demais linguagens.”
Mesmo antes de saber ler e escrever convencionalmente, a criança elabora hipóteses sobre o sistema de escrita.
- Emília Ferreiro - Evolução Psicogenética
ü      Garatujas  2 anos Fase do rabisco
ü      A partir dos 2 anos começa a imitar o adulto – fase icônica – representação através do desenho
Quando ela percebe que escrever não é desenhar-Hipóteses
ü      Nível 1 - Fase pré – silábica (Não percebem a escrita como representação do falado )
ü      Nível 2 - Fase silábica – Em contato com o material gráfico ela começa a diferenciar a grafia das palavras   a i o u  carrinho (A escrita representa uma relação de correspondência termo a termo entre a grafia e as partes do falado)
ü      Nível 3- Silábico alfabética  - a criança trabalha simultaneamente com duas hipóteses: a silábica e a alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas
ü      Nível 4- Alfabética - Quando a escrita representa cada fonema com uma letra, diz-se que a criança se encontra na hipótese alfabética.

Tipo de Letra
Está relacionada ao processo de construção das hipóteses da escrita. Durante a alfabetização inicial, os pequenos trabalham pensando quais e quantas letras são necessárias para escrever as palavras. As letras de fôrma maiúsculas são as ideais para essa tarefa, já que são caracteres isolados e com traçado simples - diferentemente das cursivas, emendadas umas às outras. O aprendizado das chamadas "letras de mão" deve ser trabalhado com crianças alfabéticas, que já têm a lógica do sistema de escrita organizada. Antes de estarem alfabetizadas, elas entram em contato naturalmente com as letras cursivas e as de fôrma minúscula e até podem ser apresentadas a elas, desde que tal contato fique restrito à leitura.Fonte: Revista Nova EscolaEd. Especial Alfabetização

 SINAIS IMPORTANTES PARA A ESCOLA OBSERVAR NOS ALUNOS E RECOMENDAR UMA VISITA A UM ESPECIALISTA – ESTUDANTE
  1. Redução significativa de interesse e atenção;
  2. Redução do rendimento escolar ou presença de transtornos de aprendizagem
  3. Presença de comportamentos de hiperatividade, impulsividade ou desatenção com freqüência maior que o esperado
  4. Abandono de atividades antes desejadas
  5. Retraimento social
  6. Perturbações súbitas do sono (relato da criança ou da mãe) acompanhadas de um dos itens acima;
  7. Reações emocionais violentas;
  8. Rebeldia, birra, implicância, atividades de oposição;
Preocupação ou ansiedade


FALA E LINGUAGEM DA CRIANÇA DE 3 ANOS
  • Aponta 3 cores primárias quando nomeadas
  • Começa a compreender frases relativas à direções, como: “coloque o cubo (debaixo, em frente, atrás) da cadeira. Porém é difícil entender: “ao lado”
  • Executa uma série de 3 ordens relacionadas
  • Conhece seu sobrenome e o seu sexo
  • Pode falar sobre uma historinha ou relacionar uma idéia ou objeto
  • Usa orações empregando 4 a 5 palavras
  • Tem um vocabulário de quase 1000 palavras
  • Repete sons, palavras, frases e orações
  • Pode repetir 2 dígitos e 3 a 4 palavras
  • Pode desenhar um círculo e uma linha vertical
  • Pode cantar músicas
  • É capaz de permanecer em uma atividade por 8 minutos
  • Com freqüência faz perguntas sobre um assunto: “Quê?”
  • Usa formas possessivas, como: “meu”, “minha”, “teu”, “seu”, “de” junto ao nome (ex.: de minha mamãe)
  • Usa formas verbais simples e complexas, tais como: “estou jogando”, “vou jogar”.
  • Usa termos de negação tais como: “nada”, “nunca”, “ninguém”, “nem”
  • Começa a usar orações compostas, unidas por: “e”, “que”, “onde”, “como”
  • Expressa verbalmente fadiga (diz que está cansado)
  • Combina substantivo mais adjetivo
  • Usa: “eu”, “mim”, ao invés do próprio nome
  • Memoriza pequenos versos e músicas



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